Um ato de vandalismo na noite desta segunda-feira (26/05) causou sérios prejuízos ao Posto Central de Saúde e pode resultar no descarte de cerca de 8 mil doses de vacinas
Um ato de vandalismo na noite desta segunda-feira (26/05) causou sérios prejuízos ao Posto Central de Saúde e pode resultar no descarte de cerca de 8 mil doses de vacinas. Um homem não identificado arrombou e danificou a caixa de acesso à energia elétrica da unidade por volta das 23h, interrompendo o fornecimento de luz por quase nove horas. A ação foi testemunhada por moradores da região, mas o suspeito fugiu antes de ser identificado.
O crime só foi percebido pela equipe da Secretaria Municipal da Saúde na manhã seguinte, nesta terça-feira (27/05), quando os servidores chegaram para o expediente e encontraram o prédio às escuras. O único setor diretamente afetado foi o de armazenamento de vacinas, que depende de refrigeração contínua para preservar a eficácia dos imunizantes. Três refrigeradores ficaram desligados durante toda a madrugada.
Segundo a Secretaria, entre as doses afetadas estão cerca de 6 mil destinadas à campanha de vacinação contra a gripe (influenza). Todo o estoque será submetido à avaliação técnica da Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), que vai determinar se os imunizantes ainda podem ser utilizados. Só com laudo positivo da CRS será possível manter o uso das vacinas. Caso contrário, os lotes deverão ser inutilizados.
Vacinação suspensa e população prejudicada
Devido ao ocorrido, a vacinação de rotina e contra a gripe foi suspensa durante toda a terça-feira. A medida afetou dezenas de pessoas que buscavam atendimento no local, incluindo pelo menos 10 crianças — algumas recém-nascidas — que deixaram de receber a primeira dose da vacina BCG, fundamental na prevenção de formas graves de tuberculose, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar.
Imagens de câmeras de segurança nas imediações revelaram um homem danificando a caixa de energia, mas não é possível identificar o autor do crime.
A perda de vacinas representa não apenas prejuízo financeiro, mas também um grave risco à saúde pública, especialmente em períodos de campanha de imunização. Além disso, o comprometimento da vacina BCG pode atrasar o início do calendário vacinal de recém-nascidos, prejudicando a proteção em uma fase crucial do desenvolvimento.